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O Códex Askewianus maioritariamente conhecido
como o manuscrito copta “Pistis Sophie”, foi descoberto em 1773 no Egipto. Adquirido
mais tarde pelo inglês Anthony Askew, após a sua morte em 1795, foi adquirido
aos herdeiros do Dr. Askew pelo Museu Britânico onde ali reside até agorae
sempre alvo de grandes estudos.
Este manuscrito de autoria desconhecida,
escrito em copta do Alto Egipto, data possivelmente do século III d.C., entre
250 e 300 d.C.. Constitui o mais importante texto gnóstico onde em 23 cadernos
são relatados os acontecimentos relativos aos 11 anos em que Jesus
transfigurado, após a sua ressurreição, transmitiu os ensinamentos da doutrina
esotérica e secreta aos apóstolos (incluindo Maria Madalena, Maria, mãe de
Jesus e Marta). Estes ensinamentos tornar-se-iam mais tarde a fonte de todos as
variantes dos sistemas Gnósticos até agora conhecidos.
Pistis Sophia também conhecido como “O Livro
do Salvador” ou ainda “A Doutrina Secreta do Salvador”, é quase sempre
traduzido como “Sabedoria na Fé” ou “Fé na Sabedoria” ou ainda a “Fé de Sophia”
dado que para os gnósticos Sophia era a sizígia divina de Cristhus (os Éons
complementares feminino-masculino, as forças simétricas da natureza) e não
apenas uma simples palavra significando sabedoria. O termo Pistis Sophie surge também
no Códice de Berlim e no papiro de Nag Hammadi descoberto em 1945 no Alto
Egipto e constituído por 52 textos gnósticos do cristianismo primitivo.
De todos os sistemas gnósticos, o mais
elaborado, segundo muitos especialistas, é o atribuído a Valentino,
supostamente falecido em meados do século II, ou talvez a algum membro da
Escola Valentiniana e que constituí a conhecida “Teoria do Século II” que
reporta às origens Egípcias do agnosticismo. Muitas outras teorias surgem
depois, nomeadamente a “Teoria do Século III” de Kostlin em 1854, ou ainda uma
origem nebulosa às seitas Ophíticas (os adoradores de serpentes).
Contudo, um novo manuscrito copta, o “Códice
de Berlim”, foi divulgado por Schmidt em 16 de Julho de 1896 numa sessão da
Academia Real Prussiana das Ciências, formado por três obras Gnósticas Gregas,
nomeadamente “O Evangelho de Maria”, “O Apóstolo de João” e a “Sabedoria de
Jesus Cristo”. Ali é-nos dito que, após a ressurreição, os 12 discípulos e 7
discípulas de Jesus, dirigiram-se a uma montanha na Galileia – o Monte das
Oliveiras, onde este lhes aparece sob a forma de um “Anjo de Luz”. Aqui todos
Lhe colocaram questões e obtiveram respostas sobre a imensa complexidade da
natureza do “Inefável”, “O Sempre Existente” (Deus) e das hierarquias e poderes
espirituais, emanações do Ser Eterno, formadoras do Pleroma ou do “O Invisível”,
o “Espaço Abstracto Absoluto”, o “Aelohim”, em contraposição ao mundo material
e visível, o Kenoma.
Das emanações do “Um”, Bythos (“Profundidade na
Profundidade” em Grego) surgem classificações e descrições personificadas de hierarquias
de Éons, poderes espirituais evoluídos e eternos, intermediários entre as
dimensões espirituais intemporais e o contexto temporal que a matéria cria ou
origina, ali designada por” Caos”.
Nos diferentes sistemas gnósticos estas
hierarquias aparecem com desenvolvimentos diferentes. No entanto um eixo comum
trespassa a todas revelando uma origem conceptual pitagórica seguida pelos
platónicos e neoplatónicos e provavelmente assente em bases mitológicas mais
antigas amalgamadas posteriormente com princípios e rituais no cristianismo
primitivo.
Em todos persiste o Éon perfeito, “a potência
e o manancial de Deus” acompanhado por um co-eterno éon, inferior mas todavia provindo
da sua emanação e do qual surgem dualisticamente aos pares, em sizígias, tal
como os deuses Egípcios informando os princípios masculino e feminino ou mesmo
os princípios hinduístas do Trimurti: Rajas, Sattva e Tamas.
De acordo com George Robert Stowe Mead
(secretário pessoal de Helena Blavatsky) no seu texto Pistis Sophia, escrito em
1924, as várias emanações do Uno são chamados "Aeons".
Também podemos aqui considerar que esta
“manifestação” das “emanações” foi representada pela Tetráctis base da Década Pitagórica
tendo sofrido as mesmas influências com as mesmas origens, reveladas agora pela
ciência dos fractais, no triângulo de Sierpinski ou no Triângulo de Pascal e na
Sequência de Fibonacci, presentes nos algoritmos e na informação fundamental à
organização biológica complexa, essenciais a muitos fenómenos quânticos como a
auto-construção bio-molecular. Aquilo que é a compreensão moderna do Microcosmo.
O conceito moderno de éon está ligado ao
conceito astronómico, onde um éon é definido como um milhão de milhão de anos
(109 anos, na forma abreviada Æ). Sir Roger Penrose, prémio Nobel da
Física 2022, aplica o termo éon para descrever um período imenso de tempo entre
Bigs Bangs sucessivos e cíclicos no contexto da Cosmologia Cíclica Conformal. Em
consonância a Teoria Ecpirótica das “branas” e da teoria das “cordas” é
antecedida na velhíssima Doutrina Secreta em o “Grande Alento” que emana do
“Sagrado Sol Absoluto” e no final do “Grande Dia” que se reabsorve no “Sagrado
Sol Absoluto” em ciclos eternos de Manvantaras e Pralayas. Assim o éon gnóstico
refere-se a entidades extra dimensionais situadas em regiões (as Lokas
sânscritas) fora do domínio espaço-temporal confinadas a “Firmamentos”, não se
distanciando muito daquilo que a física actual designa pelos “separadores tipo
espaço” inerentes ao conceito das figuras espaço-temporais dos hipercones de
luz que delimitam as regiões do passado, do presente e do futuro daquelas
regiões do “alhures e algures” nos diagramas de Minkowski. Mais adiante
voltaremos a este assunto.
Na mitologia grega Aion (em latim Aevum) é um
deus associado ao tempo eterno que se desenvolve num círculo, a roda Samsara
budista, o Ouroboros, uma figura onde uma serpente morde a própria cauda, o
ciclo evolutivo do espírito humano noutras dimensões, universos paralelos, onde
a serpente ou o dragão representam as esferas ou regiões tidas como inferiores
e superiores, pormenorizadamente descritas em Pistis Sophia nos 12 Æons e no
13º círculo, representando o intemporal eterno divino. Do mesmo modo a
simbologia repete-se nas regiões inferiores e superiores dos Sephirots da
Cabala reflectidos tanto no desenvolvimento do Micro e do Macrocosmos. Agregados,
os dois símbolos são no Microcosmos (Homem) os ciclos reencarnatórios da alma
humana, o processo alquímico em direcção à Pedra Filosofal (1). Æon é também representado
muitas vezes pelo Zodíaco (a natureza cíclica do ano que se repete eternamente),
ao contrário de Chronos, o tempo empírico dividido por passado, presente e
futuro (os hipercones de luz no grafismo contemporâneo da Física).
Em Pistis Sophia a ideia de “Incogniscível”
ligada à “Eternidade” temporal, é actualmente aquela que envolve espacialmente
os hipercones de luz temporais definidos pela Física, pressupondo um
comportamento dinâmico para estes sistemas, quando se permite que eles funcionem
por um longo período de tempo. Neste âmbito podemos fazer uso do Teorema da
Recorrência de Poincaré, quando afirma que quase todos os pontos em qualquer
subconjunto do espaço físico, probabilisticamente revisitam o conjunto. Por
outras palavras, adquiridos determinados sistemas, após um tempo suficientemente longo, mas finito, como é o caso
do Universo conhecido, retornarão para um estado muito próximo ao estado
inicial, sendo que o tempo de recorrência de Poincaré é o período de tempo
decorrido até essa recorrência.
Esta é a teoria
Ergódica, aquela pela qual se pode prever eventos futuros por meio da estimação
estatística da probabilidade de recorrência de eventos passados desde que não
ocorram mudanças estruturais e/ou sistémicas. Tudo isto será permitido pela
primeira e a segunda Lei da Termodinâmica (Entropia), uma vez que se o tempo é
infinito (eterno) e a energia é finita, daí a presença das Constantes
Universais a conferirem a estabilidade e a repetibilidade dos fenómenos e das
leis em todo o Universo. Um Universo assim, recicla-se.
A teoria
Ergódica é a base estatística que elenca a probabilidade temporal, a
recorrência, da existência de um Universo Cíclico Conformal com Roger Penrose
ou do Eterno Retorno de Nietzche mas com exterioridade espacial infinita (o que
se considera ser Deus).
Duas
eternidades evoluindo lado a lado: a aparente e ilusória eternidade temporal
versus a eternidade atemporal. Uma e outra sempre foram consideradas pela
filosofia. Assumem ponto fulcral em Platão com o mundo eterno e atemporal das
ideias; em Plotino negando a eternidade para a existência sensível; em
Aristóteles com o “Motor Imóvel” ou ainda em Santo Agostinho com um Deus eterno
e atemporal criador de tudo a partir do nada, passando ainda por S. Tomás de
Aquino, Descartes e Kant. Com Pistis Sophia a discussão passará agora a ser
feita entre estas duas eternidades. A primeira a temporal, ilusória aos nossos
olhos (o conjunto Soma e Psiché), nela residimos e somos obreiros, e a outra, a
do “Inefável” alhures/algures (o Nous/Absoluto) a “região” da Energia Escura e
da Constante Lambda (Λ) einsteiniana da Astrofísica e da Cosmologia.
Pistis Sophia, carrega as duas dentro de si,
tal como nós, e configura o percurso entre esses Æons, aquele da matéria que se
cicla e é eternamente temporal com aquele Æon da eternidade atemporal: “E foi a
Tua Corrente de Luz que me elevou na luz em Ti, e removeu de mim as emanações
do Incoercível que me reprimiam.” Cfr. Pistis Sophia, pp 177.
No caso vertente,
uma caminhada entre um estado (quântico ondulatório da alma) de natureza
evolutiva inferior representada pela sua existência no Caos da matéria, mas que
deseja ardentemente conhecer e desvendar a natureza da região adimensional do “Incognoscível”
ou do “Inefável”. De forma simbólica podemos traduzir esta aventura pela
caminhada da humanidade na procura do Conhecimento, da Verdade, da Justiça e da
Beleza – os quatro arquétipos platónicos correspondentes aos quatro lados da
pirâmide que ascendem ao vértice.
No Budismo esta
caminhada passa pela aniquilação do ego e dos seus agregados psíquicos, “a matéria
de refugo” e as “Potências do Tirano” em Pistis Sophia, através da ressurreição
da alma, do Ser, do Christus intimo que reside em nós.
Esta busca
incessante e incontornável leva-a a uma aventura intensa, tal como a descida de
Dante aos Infernos. Vergílio converte-se em Pistis Sophia, na robusta fé
expressa nos cânticos e louvores dos seus muitos “arrependimentos” (agrupados
em 13 odes ou hinos) dirigidos à “Luz das Luzes” que a irá conduzir paulatinamente
na sua ascensão espiritual de éon em éon.
Em comparação, na “Voz do Silêncio” de H. P.
Blavatsky, a ascensão faz-se em 11 etapas: “Três Salões (o da Ignorância, o da
Aprendizagem e o da Sabedoria, para além do qual se estende Akshara, a fonte da
onisciência), ó Peregrino exausto, conduzem ao final da fadiga. Três salões, ó
vencedor de Mara (a ilusão da mente), te levarão através de três estados
(estados de consciência) até ao quarto (estado de alta consciência espiritual),
e dali até os sete Mundos (os sete lokas espirituais), os mundos do Descanso
Eterno.” Cfr. A Voz do Silêncio, Fragmento 1, Aforismo 22. Em parêntesis
acrescentámos os nossos comentários.
“Tal como um peixe que retirado da água, salta
e estrebucha, também assim é esta mente agitada. Por isso mesmo se deve
abandonar o reino de Mara.” Cfr. Aforismo 34 do Dhammapada.
Pistis Sophia com origem da sua jornada no éon
mais alto, o 13º, e carregando a “centelha divina interior” para o mundo
inferior, descendo pelos “12 Éons”, a queda na direcção da matéria, tal qual
uma “seta” (2), ao penetrar no primeiro, cai no domínio do terrível “Incoercível”
que lhe retira toda a “Potência de Luz” (as forças negativas residentes dentro
de cada um de nós – a mente emocional e a dos desejos da constituição
quaternária animal). Com isto acrescenta desordem e caos na natureza da
dimensão-Éon. Por essa razão é exilada para um éon imperfeito, por ser indigna
de um lugar no Pleroma. O Pleroma gnóstico corresponde ao espaço absoluto (o
Ain Soft da Cabala) mais os sete níveis evolutivos da Consciência – a Constituição
Septenária teosófica, referida no Pistis Sophia como os “Sete Améns”, as “Sete
Vozes” – nesta última reside a ideia de som como estado vibracional (o Verbo).
Por sua vez, as “Sete Vozes” são constituídas pelo
conjunto da tríade os “três Amens” ou os três “Espaços”, os “triplos Poderes”,
Atma, Budhi e Manas, mais o quaternário, Terra, Água, Ar e Fogo, os respectivos
estados físicos, energéticos, emocional e mental que definem a personalidade; a
Atria Prima de Paracelso – Terra = Sal, Mercúrio = Ar + Água, Enxofre = Fogo, os
elementos do processo alquímico da evolução interior em direcção ao Christus ou
Pedra Filosofal.
Segue-se a cíclica e penosa ascensão da
matéria e do Caos que, graças à centelha íntima que deve nascer e se
desenvolver em nós próprios, no nosso próprio interior, aqui representada por
Pistis Sophia (Kama Manas e Manas, assim também Arjuna no Bhagavad Gita),
inicia a sua jornada de libertação de volta ao éon 13, “o Absoluto”.
“E conduzi Pistis Sophia, sendo ela à direita
de Gabriel e Miguel” - os arcanjos ou agentes do processo alquímico da
transformação e representando os símbolos químicos do Enxofre (Espírito), do
Mercúrio (Alma) e do Sal (Corpo). Os três momentos da Alma referidos em Pistis
Sophia sob a designadas “As três Vestes de Luz” ou o Triplo Logos – Atma (a
Região dos 24 Invisíveis (2 x 12) ou a Glória da Herança), Budhi (a Glória do
Tesouro) e Manas (Da Glória da Direita) ou as 3 Obras Alquímicas: a negro, a
branco e a vermelho.
“E conduzi Pistis Sophia para fora do Caos
(matéria), esmagando ela debaixo do pé a emanação com face de serpente do “Incoercível”
(a mesma figura simbólica no Éden) e, além disso esmagando debaixo do pé a
emanação basislico de sete cabeças (os sete pecados mortais - avareza, gula, inveja,
ira, luxúria, preguiça e soberba), e esmagando debaixo do pé a Potência com
face de leão e a Potência com face de dragão”, Cfr. Pistis Sophia pps 168. 169.
As Potências são as acções que nos prendem à
matéria, geradoras de Karma. No Egipto dinástico, a deusa Sekhmet com cara de
leoa surge na cosmogonia egípcia como razão do afastamento da raça humana dos
arquétipos de Bondade, Beleza e Justiça.
O Caos que em Pistis Sophia é descrito numa
visão quaternária. Ali, a Matéria é a “Glória do Fado” a região dos “Governadores
do Fado”, a “Escuridão das Escuridões” com “… a aparência de uma partícula de
pó, devido à grande distância a que ela é dele, e devido à enorme ilusão de que
ela é consideravelmente maior que ele.” Cfr. PS pp 203.
Depois seguem-se os Arcontes, que no
gnosticismo (do Micro ao Macrocosmos) são os seres criados conjuntamente com o
mundo material, àquilo que faremos corresponder ao mundo da Física das
partículas, aos fermiões (electrões e quarks), e que são a “Glória dos doze Eons”,
o Prana ou modernamente o Campo Quântico Electromagnético de que faz parte o
recém-descoberto Electroma no Homem; a “Glória do Décimo Terceiro Eon” (o corpo
astral), Arconte que poderemos designar por Campo Quântico da Força Nuclear Fraca;
e finalmente a “Glória do Meio Superior”, Kama Manas ou Campo da Força Nuclear
Forte. Todos estes Campos constituem o Modelo Padrão das Partículas Elementares
(os Bosões).
O “Éon Cristhus” restauraria a harmonia no
mundo dos Éons, curando a “doença” no mundo material em consequência da
catástrofe na ordem ideal, dando ao homem o conhecimento que irá resgatá-lo do
domínio da matéria e do mal. Esta é também uma mensagem ética fundamental de
esperança.
Esta ascensão da Pistis Sophia faz-se
alcançando uma região onde não existe o espaço-tempo, fora da região temporal:
“4. Porque em Verdade, as emanações do Incoercível oprimiram-me, retiraram de
mim a Potência em mim, e expulsaram-me para o interior do Caos sem nenhuma luz
em mim. Assim, transformei-me em matéria extraordinariamente pesada em
comparação com elas.”. Aqui, podemos recorrer à Física, e aceitar uma descrição
do processo de aquisição de massa pela intervenção do Bosão de Higgs (o Antahkarana
sânscrito) sobre um Campo Quântico covariante conferindo-lhe massa. O
Antakharana é tido como o elevador, a ferramenta que na evolução humana estabelece
e reforça a ligação entre a mente superior (Manas) e a mente inferior (Kama
Manas), o Arjuna entre Kouravas e Pandavas do Bhagavad Gita.
“5. E, depois disso, veio uma Corrente de luz
até mim, através de Ti, que me salvou; ela brilhou à esquerda de mim e à
direita de mim, e envolveu-me por todos os lados de mim, para que nenhuma
porção de mim fosse sem luz.”
Parece tornar-se claro que as regiões à
direita e à esquerda representam o ideograma da Física, os cones de luz
respectivamente do futuro e do passado, pois só assim a Lei de Causa-Efeito,
que aqui é simbolicamente apresentada, deixaria de actuar como Karma. Ou seja
Pistis Sophia ao ascender do Caos “que é noite”, combatendo as trevas, e ao
percorrer as regiões ondulatóriamente hierárquicas dos 12 Éons (o “meio dia”),
o zénite astrológico, atinge finalmente o 13º Éon, revestindo-se da “Grande Luz
da Corrente de Luz”, uma espécie de Campo Quântico covariante de altíssima
vibração, deixando de estar sujeita de forma directa ao Karma: “Quando as
emanações do Incoercível, que são numerosas de forma imensamente
extraordinária, não puderam suportar a Grande Luz da Corrente de Luz, muitas
delas caíram à mão esquerda de Pistis Sophia e muitas à direita dela, e não
podiam aproximar-se dela, para lhe fazer mal.” Cfr. PS pp 172, (os
sublinhados são nossos).
Reforçaremos esta ideia da Lei da Causalidade,
o seu funcionamento e âmbito de actuação ao citarmos os textos presentes no
Terceiro Livro, nos capítulos 111 e 112:
“ E, depois disto, o Espírito Contrafactor (o
Karma), conheceu e percepcionou todos os pecados e o mal que os Governadores do
Grande Fado (as acções materialmente relevantes e concretas com impacto no
Futuro) impuseram para a alma, e praticou-os para a alma.” E mais adiante: “E
ele estimulou os Servidores Receptores (a informação Akáshica), para que estes
sejam testemunhas de todos os pecados que ele a levará a praticar.” Cfr. PS pp
273. Os textos entre parêntesis são nossos.
A partir daqui toda a mensagem adquire
explicações de carácter iniciático e oculto revelando todos os processos de
interacção entre a informação akáshica carregada pela alma, manifesto do consequente
peso dos “Contrafactores” kármicos e das respectivas implicações dos “Governadores”,
as acções que orientam e dirigem o caminho a percorrer pela alma sujeita à
“Virgem da Luz” ou o “Juiz” que “sela” ou regista no Akasha toda a informação
relevante, e que julgará da necessidade premente ou não de uma nova
reencarnação: “E a Virgem de Luz selou (registou) essa alma e cedeu-a a um dos
Receptores dela (um veículo de natureza quântica covariante, a “veste”), que a
lançará no interior de um corpo que é apropriado para os pecados que ela tinha
cometido.” Cfr. PS pp 274. O reinício do ciclo para aquele que “… não tinha
completado o número de circuitos dele nas mudanças de corpo.” Cfr. PS pp 305.
Ou aquelas almas que “… perante a Virgem da Luz, que as enviará mais uma vez
para o interior do circuito.” Cfr. PS pp 318.
“Akasha pode ser definida em poucas palavras:
é a alma universal, a Matriz do Universo, a “Mysterium Magnum” a partir da qual
tudo o que existe nasce por separação ou diferenciação. É a causa da
existência; preenche todo o Espaço infinito; é o próprio Espaço, no sentido
conjunto dos sextos e sétimos princípios.” Cfr. “Os Manuscritos Perdidos da
Loja Blavatsky”.
Acerca do Karma configurado pelo “Espírito
Contrafactor” que representa o cone de luz do Passado, que modela o “Destino”,
cone de luz do Futuro, a explicação porque não nos lembramos das vidas
passadas: “E essa Taça de Esquecimento transformou-se no Espírito Contrafactor
para essa alma, e proclamou-se intruso relativamente à alma, sendo uma veste
para ela e semelhante a ela de todas as maneiras, sendo invólucro como veste
exterior a ela.” Cfr. PS pp 313.
O Karma é também referido em Pistis Sophia como
“a matéria do Barbelo” que a “Potência de Sabaoth”, designação para “o Todo
Poderoso”, a “Verdade”, constitui a informação relevante registada nos
“arquivos akáshicos”. Sabaoth, que “saiu da Região da Direita”, o Futuro, e
lança esta informação “a todas as Regiões daqueles da Esquerda”, constituindo o
Passado, de modo a natureza ondulatória da “Veste de Luz” passa a estar em
consonância com o respectivo Karma. Cfr. PS, final do Capítulo 63, pp 159.
Nas grandes obras literárias da Humanidade o
conceito de Destino é aprimorado na Odisseia com as “fiandeiras”, na Íliada
como lei universal onde os deuses não a podiam transgredir ou então em
Agostinho de Hipona em que o tempo é invertido: não somos nós que vamos em
direcção ao Futuro, mas o Futuro que vem na nossa direcção. Do mesmo modo, em
Pistis Sophia “Os Governadores do Meio Inferior cuidam do Espírito
Contrafactor; e também o Destino, cujo nome é Moira, conduz o homem até que o
tenha morto, segundo a morte determinada para ele, que os Governadores do
Grande Fado assignaram à alma.” Cfr. PS pp 319. As Moiras, três deusas irmãs,
Cloto, Láquesis e Átropos, que na mitologia grega são filhas de Chronos e Nix,
tecem o fio da existência humana: uma fia, a outra mede e a outra corta o fio,
respectivamente Rajas, Sattva e Tamas. Também representam outra chave ligada
aos ciclos naturais, neste caso das três luas: Lua Nova – a Primavera, Lua
Cheia – o Verão e a Lua Velha – o Outono da vida.
A libertação da alma do Caos, pelo fenómeno da
morte, e a sua viagem às outras dimensões atemporais leva-a ao esquecimento
devido ao factor relativístico do tempo, também, para grande espanto nosso, referido
em Pistis Sophia: “Jesus respondeu, dizendo a Maria: ´Um dia da Luz é um milhar
de anos no mundo e, assim, trinta-seis-miríades de anos e uma meia-miríade de
anos (365) do mundo são um único ano da Luz.” Faz-nos lembrar que o mesmo se passaria
numa hipotética viagem a um Buraco Negro, onde um ano ali passado
corresponderia a muitos milhões na Terra quando regressássemos de novo. Aliás,
de uma modo geral, o nosso distanciamento das grandes massas distorcendo o
espaço-tempo, fá-lo passar mais rapidamente nos nossos pés do que ao nível da
nossa cabeça. O que nos dá a pensar o que seria uma viagem noutra dimensão onde
simplesmente o espaço-tempo quadrimensional de Minkowski não existe.
Outro assunto de grande relevância, essencial
a uma vivência psíquica salutar nas reencarnações sucessivas, é a questão da
“Taça do Esquecimento”, figurativamente como se nos fosse dada a beber, é
reforçada em pormenor quase técnico quando Pistis Sophia refere o processo de
nascimento humano: “Portanto agora, escutai com atenção: É nascido o bebé, a
Potência é fraca nele, e a Alma é fraca nele, e também o Espírito Contrafactor
é fraco nele; numa palavra, os três conjuntamente são fracos, sem que qualquer
um deles percepcione nada, quer bom ou mau, devido ao fardo de
esquecimento que é muito pesado.” Cfr. PS pp 272.
O processo da concepção, gestação e encarnação
da alma é extensamente focado nesta obra magnífica. Com pormenores que
configuram claramente aspectos de natureza biológica já amplamente conhecidos
por esta altura, relativa aos 70 dias de gestação. Falamos nomeadamente da
secção “processo de gestação” descrito no Capítulo 132, pp 320, que passamos a
transcrever: “Depois de quarenta dias, passam outros trinta dias a formar os
segmentos dela à imagem do corpo do homem; cada um formou um segmento”. Parece
que aqui os “segmentos se referem à partilha genética dos progenitores. Depois,
logo mais à frente na secção “Da encarnação da alma”, é dito que só após estes
70 dias, os “Servidores” possuem as condições de intervenção e “convocam o
Espírito Contrafactor (o Karma); depois disso, convocam a alma dentro deles; e,
ainda depois disso, convocam a componente da Potência no interior da alma; e o
Destino (a informação akáshica) colocam-no no exterior de todos eles, pois não
é misturado com eles, mas seguindo-os e acompanhando-os.”
Ou
seja, aos 70 dias (aproximadamente 10 semanas de gestação) o embrião que agora
pode ser chamado de feto, tomou a forma humana, tendo ultrapassado o período
crítico das más formações congénitas e onde a cada minuto nascem mais de 250
mil novos neurónios, estará realmente pronto para receber o espírito, concebido
como um Campo Quântico covariante de Informação Conformal capaz de sintonizar,
vibrar em uníssono, e partilhar da Consciência (a Mente Cósmica) num evento
contínuo de não-localidade, como é antevisto por Roger Penrose e Stuart
Hameroff na teoria “Orch OR – Orchestrated Objective Reduction.
Por fim, a chegada às portas do Nirvana com a
destruição da informação akáshica e o fim do processo kármico da Roda Samsara:
“E, quando a alma proclamar o Mistério da destruição dos selos, imediatamente o
Espírito Contrafactor destruir-se-á a ele mesmo e cessará de ser assignado à
alma.” Cfr. PS pp 276.
Outras mensagens de carácter iniciático e
oculto, são-nos transmitidas por diferentes chaves descodificadoras, desvelando
véus sobre a estrutura e natureza das “Esferas” e daqueles “Mistérios” que
teimam em permanecer ocultos ao comum dos mortais como princípios de
interpretação complexa que informam por um lado todo um sistema cosmogónico (Macrocosmo),
e por outro, o Homem Vitroviano (Microcosmo). O Homem Vitroviano será um bom
exemplo de outra chave interpretativa: conhecido também como os “Cinco Grandes
Governadores” ou ainda os “Cinco Auxiliares”: Gabriel, Rafael, Uriel, Michael e
Samael, ou as “Cinco Impressões” do Pentagrama (a “Estrela Flamejante” para o
gnosticismo), é o símbolo ocultista do Homem, que quando representado com a
cabeça para cima significa o “Salvador do Mundo”, mas quando ao contrário é o
“bode do Sabbat” representando a desordem e o caos.
Dentro do espírito de descodificação destes
“Mistérios” na Pistis Sophia, encontramo-nos na presença de uma autêntica
viagem no espaço-tempo que envolve a estrutura do tempo à direita e à esquerda
e a razão da “mudança do movimento das esferas”. Prende-se esta estrutura com
os conceitos de Karma e da informação akáshica, designada em Pistis Sophia” à
Direita” e pelas “Mansões da Esfera”, que formam a teia do tempo passado; e por
outro lado a noção de “Fado” na acepção corrente de destino, que representa o
tempo futuro. No meio a fina “brana” do tempo presente, “o Firmamento”, que se
cinge a uma dimensão de Planck da ordem de 10-43 centímetros, a
quantização mínima do tempo através da qual o futuro se transforma em passado.
Exactamente nesta ordem de desenvolvimento: o futuro em direcção ao passado.
O Capítulo 11 do Primeiro Livro descreve uma
viagem feita pelo avatar Jesus, depois de ter colocado a sua “Veste de Luz”. As
designadas “Três Vestes de Luz”, relembrando, são a Constituição Ternária –
Atma, Budhi e Manas, que poderíamos atribuir à existência de três Campos Quânticos
covariantes que se contêm a si próprios. Como diz Carlo Rovelli, físico teórico
italiano, “ Os campos quânticos covariantes representam a melhor descrição que
temos hoje do apeiron (Absoluto Infinito), a substância primordial que forma o
todo, colocada em hipótese pelo primeiro cientista e primeiro filósofo,
Anaximandro.” (3)
No seu conjunto, estes três Campos formam o
cerne da existência material, partindo do princípio que a Informação constitui
um dos blocos fundamentais do Universo, pois toda a partícula no Universo emana
informação nela presente e base da sua existência. De acordo com Melvin Vopson,
um bit de informação à temperatura de 300 Kelvin é igual a 3.19 x 10-38
quilogramas. Esta Informação seria a premissa e origem da futura Consciência
encarada como conceito construtor revelado pelas constantes universais que
ordenam a natureza, transmitindo padrões fractais de informação através do
espaço e do tempo sem perda alguma de intensidade. Não transportam “energia”
mas um padrão, uma forma, e surgem como uma espécie de inteligência natural ou
uma mente (Manas).
Esta Informação Conformal expressa-se
numa dimensão de Planck – 10-36 centímetros (a constante ꚕ de
Planck) através de uma rede de spins magnéticos (3) – o espaço-tempo quantizado
(Budhi), suporte de efeitos de não-localidade ou do emaranhamento quântico ou
“entanglement”, cuja realidade foi provada experimentalmente por Alain Aspect,
John Clauser e Anton Zeilinger, Prémio Nobel da Física 2022. É esta rede do
espaço-tempo quantizado que explica, ao nível Macrocosmos, os efeitos da
Matéria Escura no Universo e a própria gravidade que deixa de ser uma “força”
para ser o efeito instantâneo (já assumido inicialmente por Newton e Leibnitz) das
massas sobre o espaço-tempo ultrapassando a limitativa velocidade da luz
anunciada pela Relatividade. É por aqui que deverá surgir a futura e tão
ansiada unificação de todas as forças na Física, a unificação da Relatividade
Geral com a Física Quântica.
Dotados destes esclarecimentos,
compreenderemos agora a viagem no Macrocosmo descrita em Pistis Sophia. Após
ter sido dotado das “Vestes de Luz”, Ele (Jesus) penetrou no “Firmamento” (no
tempo presente) e “as Portas do Firmamento vibraram umas contra as outras e
todas se abriram imediatamente (colapso da “brana” temporal)”… “mas a Mim não
me viam, apenas viam a Luz.” Cfr. PS pp 74.
Do mesmo modo “Ele penetrou na Primeira
Esfera” (tempo passado) … “brilhando de forma ainda mais imensamente
extraordinária, quarenta-e-nove vezes (7 x 7 maiores as frequências
ondulatórias vibracionais) de forma mais resplandecente do que Eu brilhara no
Firmamento (as frequências ondulatórias aumentaram).”
Depois, do mesmo modo penetrou na “Segunda
Esfera”, a esfera do “Fado” (o futuro), também 7 x 7 vezes mais brilhante do
que antes.
Finalmente saiu do espaço-tempo para a
dimensão do alhures/algures, intemporal, penetrando nos Éons. Aqui todos os
“Governadores” destes Eóns (4) “retiraram-se para longe, para a Região do
Grande Invisível Pai Primordial e das Três Grandes Potências Triplas” – o Uno,
a tríade Atma, Budhi, Manas. Cfr. PS pp 77.
O propósito desta viagem pelos cones de luz
prende-se com “o movimento das Esferas” ou seja, com a formalização definitiva
do fluxo de informação entre os hipercones de modo que o Karma e os registos
akáshicos funcionassem sem perturbação, sem acesso ao conhecimento provindo do futuro:
“Meu Senhor, então, a partir desse momento, os desenhadores de horóscopos e os
conselheiros não proclamarão aos homens o que lhes irá acontecer.” Cfr. PS pp
82.
Esta seta do tempo imposta à matéria pelos construtores,
os inexplicáveis e pré estabelecidos axiomas, representados por todas as
Constantes Universais, sendo a Entropia a de maior desígnio, só foi possível
porque “… Eu mudei as influências deles e os quadrados deles (constituição
quaternária) e os triângulos deles (constituição ternária) e os octógonos deles
(a reencarnação com a informação kármica)…”. Cfr. PS pp 83.
Em conclusão, a ignorância bebida na “Taça do
Esquecimento” em conjunto com a definição de uma seta do tempo vão permitir que
a evolução seja unidirecional, dhármica, estável, representada pela
verticalidade do Caduceu, se bem que sempre enlaçada pelas duas serpentes do
Conhecimento, a dualidade do Bem e do Mal, da Acção e da Não-Acção, co-eternas
na sua ciclicidade em éons de tempo com avanços e retrocessos carregados de
maior experiência. Mercúrio, o deus volátil romano com asas nos calcanhares e
na cabeça, é o mensageiro veloz desta imensa aventura: “Eu mudei a trajectória
completa deles e o movimento completo deles, e fiz com que a trajectória do
movimento deles acelerasse, para que pudessem ser rapidamente purificados e
elevados.” Cfr. PS pp 89.
Definitivamente eis a razão: permitir uma
evolução mais acelerada.
Fizemos uma curta viagem pelas mensagens e
conceitos transmitidos pela Pistis Sophia, percorrendo essencialmente os 4
primeiros livros e retirando possíveis ensinamentos pelo seu enquadramento em
conceitos dos tempos actuais.
Temos consciência de não ter esgotado o
assunto ao partilharmos a nossa terrível ignorância na interpretação das muitas
chaves teosóficas da doutrina secreta, das chaves numéricas, das alquímicas,
das astrológicas, mitológicas, antropológicas, geológicas, fisiológicas, e das muitas
outras, que percorrem os textos da Pistis Sophia. Porém, acalentamos que esta
leitura tenha o condão de despertar o interesse e a curiosidade sobre estes
temas considerados normalmente tão abstrusos, promover a sua compreensão
estreitando os conceitos actuais descobertos pela Ciência com aqueles
resultantes da amálgama cultural das tradições oriundas de todas as antigas
civilizações que percorreram este mundo. Uma combinação teosófica que
perspectiva sempre a obtenção de bons frutos.
Notas
(1) “E a palavra que a Potência em Ti
proclamou: ´Eu fui aliviada das camadas de pele´ – é ainda a palavra que Pistis
Sophia pronunciou: ´E elas purificaram-me de todas as minhas matérias maléficas,
e elevei-me a mim mesma acima delas, na Luz em Ti.” Cfr. Pistis Sophia pp 177.
(2) “Ela será em todas as Regiões no tempo em
que um homem dispara uma seta”. Cfr. Pistis Sophia pp 213.
“… e que penetrara no interior do Caos como
uma seta em movimento”. Cfr. PS pp 171.
(3) O spin
(energia sob a forma de momento magnético) define as cargas e a “espuma de
spins” define o tecido do espaço. Ambos configuram aspectos geométricos dos Toroídes.
Interessante
verificar que tanto a Lei da Gravitação de Newton como a Lei de Coulomb
relativa à atracção/repulsão de cargas eléctricas têm ambas em comum o espaço
entre massas ou entre cargas ao variarem as “forças” com o quadrado da distância,
isto é a força diminui 4 x sempre que a distância passa para o dobro. O que é
comum é o conceito de distância = espaço. Ou seja a gravidade (espaço-tempo
curvo com Einstein) e a electricidade (campo electromagnético com Faraday) são
dois aspectos da mesma coisa: o campo quântico em “laços“ ou a “espuma de
spins”do espaço teorizada por Carlos Rovelli: uma ao nível Macro e a outra ao
nível Microcosmos.
No entanto a
diferença entre as duas forças é de 1 : 4,17 x 1042 ou (1: 4 170 000
000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000), apesar da origem comum,
exactamente a mesma razão entre os diâmetros do Universo e do protão.
“A Natureza
utiliza longos fios para tecer os seus padrões, mas os bocados mais pequenos
permitem revelar a estrutura de toda a tapeçaria.” – Richard Feynman,
Conferências Messenger, Universidade de Cornell, 1964.
Bibliografia
Anónimo, Pistis
Sophia, Edições Nova Acrópole, 1ª Edição – Março de 2019.
Blavatsky, Helena, A Voz do Silêncio e Outros Fragmentos Escolhidos, Edição online de
Outubro 2016, Loja Independente de Teosofistas.
Dhammapada,
“O Caminho da Sabedoria do Buddha”,
Traduzido do pāli para o inglês por Acharya Buddharakkhita, Tradução portuguesa
de Bhikkhu Dhammiko, Publicações –
Mosteiro Budista Theravada, Portugal 2013.
Lúcifer, A
Theosophical Magasine, edited by H. Blavatsky and A. Besant, Volume VI,
March – August 1890. London, The
Theosophical Publishing Society (Digitised by Google).
Os
Manuscritos Perdidos da Loja Blavatsky,
Edição online, Tradutor do espanhol para português Vitor Manuel Adrião, Lisboa,
2020.
Rovelli, Carlo, A Realidade não é o que
parece – a natureza alucinante do universo, Contraponto, 1ª Edição, Outubro
2019.