sexta-feira, 15 de março de 2024

Pitris, deidades solares e lunares

 

      Fonte: IA Bing Image Creator da Microsoft

Dois acontecimentos se entrecruzaram na minha mente, activando provavelmente as sinapses de dois neurónios, configurando, mais uma vez, talvez a expressiva e profunda mensagem que Miguel Ângelo deixou no tecto da Capela Sistina. Parece ser um processo recorrente!

Um deles resultou da leitura de um trabalho científico, produto de 11 investigadores oriundos das mais diversas e conceituadas academias do mundo europeu, americano, africano e do médio-oriente. O outro, que provocou a ignição da labareda intuitiva, deveu-se também a uma leitura feita em tempos anteriores, e editada dois séculos antes, da obra de Blavatsky, a Antropogénese.

Aquele, o trabalho de natureza científica a que me refiro, deve a sua publicação ao Journal of Modern Physics, Volume 10, de Janeiro de 2024 sob o extenso título Extraterrestrial Life in the Thermosphere: Plasmas, UAP, Pre-Life, Fourth State of Matter. Nele se revela um conjunto de hipóteses alicerçadas em numerosas investigações experimentais, como é apanágio daquela metodologia onde se exerce a esclarecedora actividade do escalpelo e do bisturi, e ainda de outros tantos factos iluminados pela inteligência humana, sobre um assunto que tem despertado a maior curiosidade mundial e alvo das mais acutilantes teorias da conspiração.

Refiro-me à existência do fenómeno OVNI, acrónimo da oculta designação de Objectos Voadores Não Identificados, também conhecido na língua inglesa por UFO - Unidentified Flying Object, mais recentemente designados por UAP - Unidentified Aerial Phenomena ou Fenómenos Aéreos Não Identificados, e que a Wikipédia esclarecidamente diz ter sido “utilizado no âmbito da National Aviation Reporting Center on Anomalous Phenomena – NARCAP”. Por muitas que sejam as siglas, mantêm-se contudo o seu carácter e origem absolutamente desconhecidos.

No entanto, aquele trabalho de investigação de 2024, resulta da análise acurada de imensos fenómenos registados e relatados por cosmonautas e astronautas (e talvez por taikonautas chineses, mas não divulgado) ao longo de todos estes anos envolvidos na exploração espacial) e antecedendo mesmo a década de 40 e o período da Segunda Guerra Mundial (então designados por “Foo fighters”).

Ali é referida a ligação do fenómeno UAP (mas certamente não de todos, como é salvaguardado) com a descoberta de plasmas com dimensões que atingem por vezes quilómetros de dimensão e que se manifestam na Termosfera terrestre, a zona fronteiriça com o espaço intergaláctico.

O plasma é tido como o quarto estado físico da matéria (depois dos estado sólido, liquido e gasoso) e origina-se na ionização das partículas subatómicas da matéria gasosa quando sujeitas a altas temperaturas cujo efeito dissocia os componentes do átomo em electrões e respectivos núcleos.

Diz aquele artigo do Journal of Modern Physics no seu Abstract, que “os “Plasmas” de tamanho superior a um quilómetro e comportando-se como organismos multicelulares tem sido filmados durante as 10 missões da NASA do Space Shuttle, acima das 200 milhas da superfície terrestre na região da Termosfera. Estes “plasmas” auto iluminados são atraídos e podem “alimentar-se” com a radiação electromagnética. Possuem diferentes morfologias: 1) cone, 2) nuvem, 3) donut, 4) esféricos – cilíndricos; e foram filmados evolucionando para cima e para baixo desde a Termosfera até às tempestades atmosféricas; agregando-se às centenas e interagindo com os satélites artificiais gerando actividade electromagnética; aproximando-se dos Space Shuttles.”

E mais adiante, de forma inequívoca, é-nos dito que os “Plasmas não são biológicos mas podem representar uma forma de pré-vida que através da incorporação de elementos comuns existentes no espaço, podem resultar na síntese de RNA”. Esta asserção é novamente vincada confirmando que estes plasmas possuindo cargas eléctricas polarizadas podem formar ”cristais de plasma” que formam sistemas helicoidais podendo evoluir para estruturas de dupla hélice semelhante ao DNA. Inclusivamente a transferência de cargas eléctricas poderia configurar um fenómeno semelhante à transferência horizontal de genes. Contudo, por mais de uma vez, assegura-se que de momento não existirem evidências dos plasmas conterem DNA, nucleótidos ou aminoácidos (já foram descoberto 92 aminoácidos no espaço intergaláctico), apesar de possuírem propriedades que os acercam das características de uma vida pré-biótica, incluindo estruturas do tipo parede celular, formadas por correntes eléctricas bipolares, tais como as estruturas bipolares das paredes celulares orgânicas. As similitudes são impressionantes quando nos mostram assumir comportamentos complexos tomando formas esféricas, ovóides, hélicoidais e apresentando muitas vezes um núcleo central protegido por camadas iónicas duplas de carga positiva e negativa, tal como as estruturas celulares dos organismos biológicos e ainda apresentarem fenómenos de pulsação que imitam movimentos de deslocação. Deslocam-se ora em linha recta, ora virando abruptamente 90 e 180 graus, ora dirigindo-se a outros plasmas e canibalizando-os energeticamente. 

Quando observados da superfície terrestre poderão assim configurar a presença e os movimentos de alguns UAP`s.

De tal modo são as semelhanças com os conhecidos organismos vivos, que dois investigadores, Lozneanu e Sanduloviciu, propuseram que estes plasmas semelhantes a entidades celulares constituíam uma forma de vida extra-terrestre completamente diferente daquela que conhecemos. De acordo com a Academia Russa das Ciências, na pessoa de V. N. Tsytovich, “Estas estruturas de plasmas complexos e auto organizados exibem todas as propriedades necessárias que as qualificam candidatas à matéria viva inorgânica”. Tanto Tsytovich como Teordorani argumentam que as condições necessárias para gerarem estes plasmas vivos são comuns no espaço potenciando a que sejam uma forma de vida abiogénica extra-terrestre muito comum.

Figura 1 – Plasmas com mais de 1 km de extensão configurando cones, donuts, formações nucleadas e espiraladas, registadas pela missão shuttle STS-75.
Fonte: Extraterrestrial Life in the Thermosphere: Plasmas, UAP, Pre-Life, Fourth State of Matter, Journal of Modern Physics, Vol 10, 2024

Verificou-se que estes plasmas reagiam às tempestades geomagnéticas, às fulgurações solares e às EMC`s – Ejecções de Massa Coronal solares, às mudanças de temperatura em resultado de eclipses e às ondas atmosféricas provocadas por flutuações electromagnéticas ambientais como radiação rádio, a Ressonância Shumann e fluxos de protões e electrões, emanados pelas tempestades solares. 
O Sol sendo o maior plasma na nossa vizinhança, retoma mais uma vez um papel central, ao condicionar o comportamento destes plasmas tidos como estruturas pré-bióticas que antecederam e são precursoras da vida como a conhecíamos até agora. 
Com isto reavive-se a mitologia solar! Fazemos parte de um grande organismo vivo, na certeza que estamos a desconstruir concepções e ideias anquilosadas do que considerávamos ser a Vida.

Está na hora de retomar “o fio à meada”. O fio de Ariadne que nos levará ao que nos propusemos logo no início deste tema. Para tal faremos referência a H. P. Blavatsy e à Doutrina Secreta (D.S.).

Para que não subsistam dúvidas sobre as opções acerca da evolução defendidas pela filosofia teosófica, transcrevo da D. S. - antropogénese: “Se o homem é realmente o Microcosmo do Macrocosmo, o ensinamento nada tem de impossível e é de todo lógico. Porque o homem se converte em Macrocosmo para os três reinos que lhe são inferiores. De um ponto de vista físico, todos os reinos inferiores, excepto o reino mineral – que é a própria luz cristalizada -, desde as plantas até às criaturas que precederam os primeiros mamíferos, se consolidaram em sua estrutura física por meio da “poeira abandonada” pelos minerais e dos resíduos de matéria humana, provenientes de corpos vivos e mortos, de que se alimentam e lhes deram o seu corpo externo. Também o homem, por sua vez, se transformou, graças às transmutações alquímicas da Natureza, ao passar pelos cadinhos vivos dos animais.” (DS, pp187). Aqui se espelham as mais recentes ideias, de que “somos pó das estrelas”, de que somos o produto de uma vasta evolução de consecutivos reinos, originados na Terra Arqueana pré-biótica, onde os aminoácidos e nucleotídeos, agrupados nos primevos polímeros de RNA, fornecidos por meteoritos carbonáceos, aumentavam de concentração através de ciclos contínuos de fases húmidas e secas , “as transformações alquímicas da natureza” vistas à luz ocultista do século XIX.
No entanto surge na DS o conceito de “Construtores”, os Pitris Lunares e Solares, aquelas entidades pré-existentes de natureza um tanto “espiritual” que vão instilar no homem os seus conteúdos  e características.

Todas as mitologias estão recheadas por cultos lunares e solares.
Diz o Vishnu Purana, volume III, capítulo II, que os primeiros homens foram os Chhâyâs, emanados dos Pitris. Blavatsky faz-lhe referência: “É a encantadora história de Sanjna, a filha de Vishvakarman, casada com o Sol. Sanjna, “não podendo suportar os ardores do seu Senhor”, lhe deu a sua Chhâyâ (sombra, imagem ou corpo astral), enquanto se refugiava na floresta para praticar as suas devoções religiosas ou Tapas. O Sol, crendo que a Chhâyâ era a sua mulher, teve filhos com ela…”. (DS, pp191). Comparemos Sanjna à nossa Termosfera e Chhâyâ aos plasmas. O Sol através da sua intensa actividade, expressa nas ejecções de massa coronal, a matéria da sua própria natureza constituinte, e fulgurações explosivas de dimensão titânica, projecta no espaço interplanetário, potentíssimas correntes eléctricas, raios X e gamma e ondas rádio que vão criar corpos plasmáticos como se de filhos seus se tratassem. Estes, como vimos evoluem desde a Termosfera até à Ionosfera, comportando-se como seres vivos abiogénicos, podendo recolher material orgânico, por exemplo deixado pelas esteiras dos meteoritos carbonáceos.
Aqui parece residir a alegoria solar e dos respectivos Pitris.

Sabemos hoje que a vida na Terra surgiu entre 3,5 e 4,5 mil milhões de anos. Corolário provável de um conjunto de homeostasias como a nova força exercida pela gravidade de uma lua, a sua presença protectora em grande parte ao bombardeamento meteorítico tardio e a estabilidade magnética conferida à Terra e ao seu eixo, levaram a que o clima passesse a ser regulado por estações. 
Outras homeostasias: a Terra, ao ter sido impactada por Theia, adquire um núcleo interno, um acréscimo de água, placas tectónicas, ganha uma lua (agora uma parte significativa da antiga Terra) que cria sinergias com o novo planeta e tem assim condições para que a vida vingue e evolua.
Este acontecimento inesperado, e as sinergias criadas, terão acelerado ou mesmo justificado o aparecimento de vida. Um corpo planetesimal gelado que se encontrava na mesma órbita do que a Terra, num ponto de Lagrange L4, viria a fazer pender o prato da balança, sobretudo no que respeita à presença da água na futura Terra. Não fosse este acontecimento e a Terra seria apenas uma estrutura rochosa estérea muito semelhante a Vénus, sem um campo magnético e sem placas tectónicas. Por outro lado, a presença do efeito gravitacional da Lua induziu a uma oscilação muito pequena do eixo da Terra à medida que evolui em torno do Sol.

Segundo a Teosofia, e o seu sistema complexo de Rondas, Cadeias e Globos, a Lua é definida como um resíduo de um Globo muito maior, que foi o planeta físico da 3ª Cadeia mantendo a mesma posição na 3ª Cadeia que aquela mantida pela Terra na 4ª Cadeia e que irá desaparecer no futuro (na 7ª Ronda). A coincidência de eventos e as previsões parecem ser totais.
Esta será então o que parece ser a alegoria lunar e dos seus Pitris.

 Este sistema complexo, umbilicalmente ligado ao conceito de Constituição Septenária, estende-se à evolução planetária quando atribui a cada corpo do sistema solar, sob a designação de Globo, a existência simultânea de sete dimensões ou Globos, dos quais apenas um é materialmente visível. No seu conjunto formam uma Cadeia que agrupadas em ciclos de 7 definem uma Ronda em que foram percorridos 49 Globos. A doutrina postula que cada planeta evolui durante sete Rondas estando o nosso planeta presentemente a atravessar o período correspondente à 4ª Ronda. Os Puranas hinduístas designam os Globos por Dvipas sendo a Terra conhecida por Jambudvipa. 

É ponto assente que ambos os Pitris – lunares e solares, contribuíram para o aparecimento do homem. Os lunares por pertencerem à cadeia planetária da Lua, contribuíram com o conjunto de homeostasias que descrevemos anteriormente, designados por princípios inferiores pela DS. Decididamente aqueles que garantiram definitivamente as condições de equilíbrio e as bases para o surgimento da vida. 
Já os solares, referidos como Dhyan-Chohans, são os responsáveis por fornecer os atributos dos princípios superiores ou aqueles que emanados directamente do Sol, garantiram o aparecimento de soluções cumulativas de índole energética, que de abiogénicas e extra-terrestres – sob a forma de plasmas, evoluíram até formas superiores biológicas onde a consciência fez caminho no decurso de muitos éons.
Outras mitologias cosmogónicas construíram-se em torno destes dois princípios, sempre apresentados sob um carácter dualístico, por vezes adquirindo aspectos de género – feminino versus masculino, forças de cariz positivo-negativo, Yin-Yang.

O culto solar fez um longo percurso histórico nas tradições religiosas e culturais dos povos: surge nos deuses hinduístas védicos Savitr e Surya, que fazem parte dos Adityas, os sete deuses solares que representam, ao fim e ao cabo, as sete frequências de luz visível (as sete cores do arco-irís). As divindades solares são referência em todas as obras védicas: Surya aparece no Ramayana na figura do rei-macaco Sugriva e no Mahabharata, Kunti a mãe dos heróis Pandavas alimenta a culpa de ter dado vida a uma criança, fora do casamento e contra sua vontade, filha do Sol. 

Figura 2 - Savitar e Surya na sua carruagem de ouro, representam o Sol.
Fonte: Pieter Weltevrede, http://www.sanatansociety.com


Mais tarde vai estar plasmados na heliolatria grega do culto solar onde pontificavam os deuses Apolo e Hélio, este último adoptado posteriormente ao equivalente do deus romano Sol Invictus, transformado pelo imperador Aureliano na primeira divindade do Império pré-cristão.
No Egito dinástico, também surgem diversas deidades associadas ao Sol e aos cultos solares, onde se destacam os de Ámon, Rá, Hórus e Áton e Hator com papéis preponderantes nos mitos da criação revelados nos Textos das Pirâmides. Os cultos solares, atestando a sua importância, estiveram associados às grandes cidades egípcias, Hermópolis Heliópolis, Mênfis e Tebas.

A par dos mitos solares, os lunares e as suas deidades estão presentes em todas as mitologias (confira em https://es.wikipedia.org/wiki/Deidad_lunar). A deidade lunar em algumas mitologias adquiria poderes superiores à deidade solar, uma vez que tanto habitava a noite como o dia, para além de encobrir o Sol durante os eclipses. Era a deidade que representava a estabilidade cíclica que permitia, com o seu calendário próprio, as sementeiras, o florescimento das culturas agrícolas e a realização de boas colheitas. O eterno retorno vinculado à celebração dos ritos e à marcação da passagem do tempo.
As duas deiades representavam a Vida nos seus múltiplos aspectos: “Deste modo, os irmãos gémeos (Castor e Pólux) vivem alternativamente, um durante o dia e o outro durante a noite.” (DS, pp 138). Um é mortal e o outro imortal. A dualidade sempre presente na construção da Vida.

Voltemos àqueles plasmas abiogénicos, concebidos como estruturas pré-bióticas ( e portanto imortais), são como entidades “Construtoras”, os Devas solares e lunares, que albergam no seu seio os elementos essenciais ao surgimento da vida biológica (mortal), como a conhecemos. Diz Blavatsky na Doutrina Secreta: “Usando uma metáfora, embora insuficiente para exprimir a ideia completa, mas bem adaptada ao caso, diremos que esses Criadores (querendo referir-se aos Pitris), são como os raios numerosos do orbe solar; este permanece inconsciente da obra realizada por aqueles, e nela não intervém, enquanto seus agentes mediadores, os raios, servem de meios instrumentais em cada primavera - a aurora manvantárica da Terra - e fazem despertar e frutificar a vitalidade adormacida inerente na Natureza e em sua matéria diferenciada.” (DS, pp 175).
Nas alegorias exotéricas os Pitris estão sempre ligados ao fogo, o que é o mesmo que dizer aos plasmas, quarto estado da matéria. É assim que no complexo sistema dos cultos solares e lunares hinduístas as entidades mais elevadas e puras, designadas por Agnichvâtta-Pitris, os Devas ou ainda os Mânasa-Dhyânis, são as verdadeiras entidades solares, portadoras do “fogo” interior, que farão brotar a inteligência e a consciência; enquanto as lunares, conhecidas como Barhichad-Pitris ou os Prajâpatis inferiores, são aquelas entidades “criadoras” ligadas à formação da Lua e ao surgimento das condições materiais necessárias à vida no planeta Terra, como resultado da colisão com o proto-planeta Theia. De acordo com a DS iremos encontrá-los correspondendo às características dos Elohim, transmitidas pelas doutrinas cabalísticas e bíblicas, que posteriormente em éons de tempo de evolução, irão conferir o aspecto mórfico ou físico do futuro homem. Aqui associa-se outro tema defendido pelo biólogo Rupert Sheldrake e colocada em evidência pela recente descoberta do Electroma, ambos a reavivarem os conceitos ancestrais de Prana e Fohat.

Em conclusão, podemos seguramente afirmar que em resultado da convergência de dois eventos criaram-se duplas sinergias: de um lado os plasmas termosféricos criados pela actividade solar - o “fogo” -, e por outro da imprevista formação da Lua – na designação esotérica de “Cadeia Lunar” e que irá condicionar a existência da futura “Cadeia Terrestre” -, criam-se as condições necessárias e suficientes para que a vida apareça e com ela, na escala evolutiva, o futuro homem.
Corresponde isto à visão actual das coisas nos mais variados domínios da Ciência.

Poder-se-ia argumentar contrapondo com uma apreciação probabilística: a casualidade dos discursos esotéricos e exotéricos e aquele das estruturas existentes na Termosfera terrestre. Mas nem aqueles das teorias filosóficas nem as hipóteses científicas agora elaboradas em bases factuais, são construções casuísticas do pensamento humano. Devem-se ambas, por um lado a elaborados sistemas mitológicos exotéricos construídos durante milénios e fazendo parte da cultura da humanidade, e por outro, das descobertas resultantes de saturados investimentos no domínio da actividade aeroespacial e dos avanços do conhecimento humano realizados neste século.

Em qualquer caso, fica aqui lançado o repto a outras hipóteses que nos possam esclarecer sobre este intrincados assuntos ligados às doutrinas esotéricas milenares e reflectidas em todas as mitologias. 

Os véus que ocultam os verdadeiros mistérios da Filosofia Esotérica são densos e intrincados, e ainda hoje não se pode dizer a última palavra. Contudo, algumas pontas podem agora ser levantadas, proporcionando-se ao estudante realmente interessado certas explicações que até então lhe eram negadas.” (DS, pp 328).


Bibliografia

R. Joseph1*, C. Impey2, O. Planchon3, R. del Gaudio4, M. Abu Safa5, A.R. Sumanarathna6, E. Ansbro7, D. Duvall8, G. Bianciardi9, C. H. Gibson10, R. Schild11, 1Astrobiology Research Center, California, USA 2Department of Astronomy, University of Arizona, Tucson AZ 85721 3Biogéosciences laboratory, University of Burgundy, Dijon, France 4Department of Biology, University of Naples Federico II, Italy 5Dept. of Applied Physics, Palestine Polytechnic University, Hebron, Palestine 6Dept. of Research and Innovation, Eco Astronomy International Research Center, Tetouan, Morocco 7Space Exploration Ltd, Boyle, County Roscommon, Ireland. 8Dept. of Zoology, Oklahoma State University (emeritus), Stillwater, OK, USA 9Università degli Studi di Siena, Italy. 10Center for Astrophysics and Space Sciences, University of California (emeritus), San Diego, USA 11Center for Astrophysics, Harvard-Smithsonian (emeritus), Cambridge, MA, USA. Extraterrestrial Life in the Thermosphere: Plasmas, UAP, Pre-Life, Fourth State of Matter, Journal of Modern Physics, Vol 10, 2024.

Helena Petrovna Blavatsky, Doutrina Secreta – Antropogénese, Volume III, Editora Pensamento-Cultrix, Ltda., 1980.


João Porto e Ponta Delgada, 15 de Março de 2024


quarta-feira, 6 de março de 2024

RETROCAUSALIDADE: O FUTURO VINDO NA NOSSA DIRECÇÃO

 











"Tudo, entre os mortais, tem o valor do irrecuperável e do fruto do acaso. Entre os Imortais, em contrapartida, cada acto (e cada pensamento) é o eco de outros que no passado o antecederam, sem princípio visível, ou o fiel presságio de outros que no futuro o repetirão até à vertigem. Não há coisa que não esteja como perdida entre infatigáveis espelhos. Nada pode acontecer uma só vez, nada é preciosamente precário".

                                                    Jorge Luís Borges, O Alepf


Este mundo é cheio de paradoxos. Entre muitos, um deles foi até há pouco tempo remetido para as catacumbas do desconhecido e do indecifrável. Refiro-me ao paradoxo EPR ou paradoxo de Einstein-Podolsky-Rosen, base do abismo profundo que tem separado até aos nossos dias a Relatividade Geral da Mecânica Quântica.

No seu âmago residem duas concepções do mundo: uma ligada ao macrocosmo, a outra inerente ao microcosmo, ambas mantendo razões, pontos de vista e instrumentos de análise irredutivelmente próprios que não permitem conciliações teóricas e práticas, cada uma descrevendo o seu mundo à sua maneira. E ambas funcionando correctamente dadas as circunstâncias certas. Aliás a mecânica newtoniana continua a singrar nos domínios do aeroespacial e dos jogos de guerra.

Um dos pressupostos que as manteve afastadas era a ideia da existência do fenómeno de emaranhamento quântico que implicava a transferência de informação a velocidades instantâneas, supralumínicas, que colidiam com o limite imposto pela velocidade da luz de 299.792.458 metros/segundo. A interpretação da mecânica quântica da Escola de Copenhaga no que dizia respeito ao fenómeno do colapso da onda em partícula, implicava a existência de um “entanglement” ou emaranhamento instantâneo em todo o espaço.

Outro pressuposto envolvia a natureza da gravidade como força. Depois da concepção einsteiniana do espaço-tempo como um corpo de molusco, formado por curvaturas modeladas pelas titânicas massas dos corpos celestes, alguns como os buracos negros que tudo avassalam, outros que definem e mantêm a estabilidade das órbitas planetárias dos sistemas estelares, a cosmologia parecia assentar de forma segura numa descrição plausível e bela que de vez retirava do palco o éter, o espaço e o tempo absolutos e infinitos newtonianos. Contudo, nunca se encontrou um suporte para esta força, uma partícula, um bosão que a carregasse e transmitisse. Era absolutamente necessário à sua perseveração e consistência.

Contudo Schrodinger, com a sua célebre equação de onda, tratava o tempo de forma clássica estabelecendo que o tempo na mecânica quântica não é relativisticamente invariante, definindo que no colapso de onda existe claramente na sua descrição um “antes” e um “depois”, assunto que posteriormente em 1926 foi estabelecido matematicamente por Klein e Gordon, conhecido como o operador de Alembert, que estabelece uma relação entre energia, momento e massa dado pela equação:


E² = c²p² + m²c𑇕

(E a energia total de um objecto, p o momento, m a massa e c a velocidade da luz)


Para quem tem alguma noção básica de matemática, verá na resolução desta equação um aspecto dual em resultado do valor da raiz quadrada, aspecto dual que não está presente na resolução da equação de Schrodinger. Significa que o valor de onda assume uma propagação de ondas retardadas que se propagam de forma retardada no tempo (do passado para o futuro), e por outro lado, também se propagam em ondas avançadas que o fazem retroactivamente no tempo (do futuro para o passado). No caso vertente a equação de Schrodinger só apresentava uma solução de onda retardada, que vem do passado para o futuro.

Quando considerado, este aspecto fazia desaparecer o paradoxo EPR quando admitidas como reais as ondas do futuro para o passado, aquelas ondas construtoras de sintropia enquanto aquelas vindas do passado para o futuro eram construtoras de entropia. Assim, o tempo presente parece resultar do impacto constante entre sintropia e entropia. Revive-se o Trimurti hinduísta numa acção perene, Tamas (entropia), Sattva (tempo presente – a ilusória e ínfima estabilidade como veremos de seguida) e Rajas (sintropia).

Micro e macroscopicamente, a entropia definiria a lei universal da causalidade onde a causa antecede o efeito, passível de ser estudada e inventariada. Ao contrário a sintropia seria resultado do efeito antecedendo a causa, afinal o verdadeiro construtor do nosso mundo aceite como a realidade suprema – por detrás dela, a dualidade anima e animus de C. Jung, imponderável e mística, impossível de ser reproduzida e estudada pelas actuais leis da Física.

Em 1949 já Feynman com os seus diagramas interpretativos da electrodinâmica quântica, apontava que nos fenómenos de emissão e absorção no quadro das interacções das partículas subatómicas do Modelo Padrão, os emissores evoluíam do passado para o futuro enquanto os absorventes faziam-no do futuro para o passado.

 

Diagrama de Feynman: uma electrão e a sua antipartícula (positão e+) aniquilam-se e neste processo originanam um fotão (ϒ) que gera um par quark/antiquark e este último um gluão. O positrão (e+) e o antiquark (q-) evoluem do futuro para o passado. https://en.wikipedia.org/wiki/File:Feynmann_Diagram_Gluon_Radiation.svg


Estes modelos de simetria temporal dos campos quânticos electrodinâmicos explicam resultados convencionais obtidos no mundo experimental macroscópico, impossibilitando a distinção entre ambos.

Então porque não vemos o mundo como uma onda?

Consideremos uma bola de basebol: A sua velocidade máxima que possui a massa de 0.145 quilogramas é de 46,7 metros/segundo. Qual será então o seu comprimento de onda associado? Substituindo os valores para massa e velocidade na equação de De Broglie 

 

 (onde λ = comprimento de onda, ꚕ a constante Planck 6,626 x 10 elevado a -34 e v a velocidade em apreço), teremos então:

 

Em conclusão, este comprimento de onda ( λ ) é vinte vezes menor do que o diâmetro de um fotão (partícula da luz)! Sendo tão pequeno, não podemos esperar que uma bola de futebol se comporte como uma onda, exibindo por exemplo padrões de difracção ou ultrapasse paredes por efeito túnel.

Ou seja, a afectação do futuro no passado acontece numa transição de fase absolutamente microscópica resumida ao tempo presente, um tempo que deverá ser considerado de dimensão minimalista, o tempo granular minímo, exactamente igual ao tempo de Planck: 10 elevado a-46 segundos. Esta dimensão impede a exploração experimental do processo transaccional daqueles dois tempos: o de retrocausalidade impactando o da causalidade. Uma transição de fase correspondente precisamente ao tempo presente. Esta quase instantaneidade do tempo presente não é incomum. A mesma, conhecida como emaranhamento é a matriz sustentável do espaço-tempo. Um passo fundamental, como se verá ainda, para a unificação da Teoria da Relatividade com a Física dos Campos Quânticos.

Em 2022 o prémio Nobel da Física era atribuído ao trio John Clauser, Alain Aspect e Anton Zellinger, confirmando de forma definitiva a existência do fenómeno quântico do emaranhamento pelo trabalho em “experiências com fotões entrelaçados, instituindo a violação das desigualdades de [John] Bell e tornando-se pioneiros na ciência da informação quântica”, de acordo com a Academia Real Sueca das Ciências. John Bell, que anteriormente em 1964, formularia o problema de modo à sua verificação experimental, os pressupostos que passariam a ser conhecidos como a “desigualdade de Bell”, onde seriam retomados os conceitos de não-localidade de David Bohm e das “variáveis ocultas” ou da “ondeidade”. 

Um “campo de forma”, como Bohm denominaria, em que cada ponto do espaço contribui com informação, que no seu conjunto forma uma matriz organizada, de ligação entre nós de uma malha. Uma “espuma de spins” de acordo com a teoria da Gravidade Quântica em Laços de Carlo Rovelli. Este campo quântico covariante, que se contém a si próprio, para operar em regime não-local apenas exige que o potencial quântico deve manter a sua intensidade independentemente da distância. Sem sistemas de referência privilegiados, “trabalha” de maneira oposta à de todas as outras forças electromagnéticas, porque recebe a todo o instante toda a informação necessária (massa, spin, carga) decidindo em última análise, como as partículas surgem e se movimentam na nossa dimensão espácio-temporal.

A partir daqui estão configurados os pressupostos necessários que nos farão compreender a teoria da “sincronicidade” de Carl Gustav Jung (1875-1961).

Em 1952, em co-autoria com Wolfgang Pauli (1900-1958), prémio Nobel da Física, publicariam um artigo intitulado: “Sincronicidade – um princípio de conexões acausais”, onde era trabalhado o conceito, anteriormente apresentado em 1920 por C. Jung, onde se entende a sincronicidade como princípio de conexão acausal que não pode ser explicado utilizando como base a causalidade, e que à primeira vista apenas sugerem acontecimentos coincidentes sem qualquer ligação aparente, e que ele denominaria de “coincidência significativa” pois possuem um padrão próprio dinâmico com a presença aleatória de circunstâncias, expressas por eventos com relações significativas.

A violação da causalidade: provam-no a imensidade de experiências pessoais dos insights ou intuições que se desenvolvem como fenómeno síncrono. Provam-no os experimentos cientificamente controlados de Rhine, envolvendo a percepção extra-sensorial e a clarividência. Provam-no as muitas descobertas científicas que ocorreram e ocorrem quase simultaneamente em lugares distantes no mundo, sem que houvesse qualquer contacto prévio ou posterior entre os investigadores. Rupert Shelldrake explica-a pela existência de um Campo Mórfico fractal que permeia toda a natureza (provavelmente Quântico Covariante).

Esta violação surge-nos como mera casualidade e tem sido sempre entendida como tal, desde que não ultrapasse os limites impostos pela estatística probabilística. Quando isso acontece transforma-se em mistério ou em suposto erro de amostragem.

A Casualidade é a manifestação no Tempo Presente e forma o aparente tecido do nosso mundo do dia-a-dia. Muitas destas violações da causalidade só podem ser verificadas posteriormente, pois foram realidades de tempos futuros que se manifestaram antecipadamente, os designados acontecimentos “sincronísticos”.

Causalidade → Casualidade ← Acausalidade

Geralmente admitimos que o acaso é susceptível de alguma explicação causal, e só pode ser chamado “acaso” ou “coincidência”, porque a sua causalidade ainda não foi descoberta. Como temos uma convicção arreigada a respeito da validade absoluta da lei da causalidade, achamos que esta explicação do acaso é suficiente; mas se o princípio da causalidade só é válido relativamente, segue-se que a imensa maioria dos casos pode ser explicada em sentido causal; contudo deve restar um pequeno número de casos que não tem qualquer ligação causal. Encontramo-nos, assim, diante da tarefa de seleccionar os acontecimentos casuais e separar os acausais dos que podem ser explicados causalmente. É de supor, naturalmente, que o número dos acontecimentos que podem ser explicados causalmente superam de muito os acontecimentos suspeitos de acausalidade e, por esta razão, um observador superficial ou preconceituoso pode facilmente ignorar os fenómenos acausais relativamente raros. Logo que passamos a lidar com o problema do acaso, defrontamo-nos com a necessidade de uma avaliação quantitativa dos acontecimentos em questão.

                        Carl Jung, “A Dinâmica do Inconsciente, Sincronicidade


Outras influências de retrocausalidade foram detectadas a nível biológico, tais como este trabalho de Tressoldi e colaboradores., “Heart Rate Differences between Targets and Nontargests in Intuitive Tasks” onde se constata que as reacções dos batimentos cardíacos surgem numa fase anterior à estimulação, (Tressoldi e coll., 2005).

Ou ainda o trabalho de 2003 de Spottiswoode e May realizadas no Cognitive Science Laboratory, que confirmaram trabalhos experimentais anteriores datados de 1997, conduzidos por Bierman e Radin, que mostravam reacções antecipatórias de 2 a 3 segundos na condutividade eléctrica da pele face à provocação de estímulos emocionais.

Também Chris King em 2003, confirmava que os sistemas vivos são constantemente postos à prova com bifurcações decisórias, num constante estado de escolha, provenientes de informações provindas do passado (ondas retardadas) e informações provenientes do futuro (ondas avançadas) e que este estado constante de selecção de opções, seriam comuns a todos os níveis e estruturas da vida, desde moléculas até às macroestruturas orgânicas. Tomariam a forma de livre-arbítrio nos sistemas mais complexos. 

Por outro lado, as bifurcações decisórias seriam a causa de dinâmicas aparentemente caóticas que explicariam a razão da vida estar organizada de forma fractal. Este modo fractal seria uma importante propriedade dos sistemas vivos e um modelo provado de sobrevivência aos impactos da dualidade sintropia versus entropia. Aliás um modelo copiado do próprio Cosmos e base de reflexão de todas as cosmogonias e teogonias.

Quanto à própria natureza da consciência nos seres humanos (e nos animais em diversos patamares), a teoria Orch-OR de Stuart Hameroff e Roger Penrose, vem reforçar esta ideia da interacção causal e acausal com o colapso de onda exercido na estrutura microtubular, também ela organizada fractalmente. Seriam processos eminentemente quânticos. Aqui as ondas retardadas do passado e as avançadas do futuro, sob o efeito de sincronicidade não-local de uma dimensão espaço temporal que se contêm a si própria, fazem a gestão do cognoscível entre sintropia e entropia.

Neste contexto falar em livre-arbítrio impondo condições que minam qualquer noção credível para o mesmo, torna-o uma manifestação ilusória ou aparente no nosso mundo. Resultado do equilíbrio de “forças” construtoras (sintropia) e destruidoras (entropia) que se desenvolvem na nossa “brana” – o Tempo Presente, que como vimos possui uma dimensão espaço temporal mínima: o espaço e o tempo de Planck. Surge assim mais um paradoxo que só pode ser contornado se a acção que faria com que o evento acontecesse não possa ocorrer. Este é o Princípio da Autoconsistência de Novikov. Creio que também Agostinho de Hipona (354–430 d.C.) já se havia apercebido deste assunto.

O Princípio de Autoconsistência de Novikov assenta na concepção fractal de multiversos numa tentativa de solucionar alguns paradoxos criados pelas perspectivas de viagens no tempo, do estilo ir ao passado e modificar as situações de me originaram ou ir ao futuro e criar as condições para ganhar na lotaria na minha linha do tempo original.

A solução a este paradoxo para Igor Novikov seria não alterar a linha do tempo original, e sim gerar uma linha alternativa em consequência dos fatos que foram alterados na primeira, fazendo com que a primeira ficasse intacta. Ou seja criaríamos uma nova linha do tempo que se desenrolaria num universo paralelo, ou então seríamos impedidos de alterar os acontecimentos passados por um bloqueio da bifurcação que levasse a essa alteração. Esta última hipótese pressupõe a existência de uma Consciência provedora que fizesse a manutenção da estrutura fractal dos universos ou o colapso do próprio acto pela extinção desta nova linha do tempo por insustentabilidade. A insustentabilidade destas novas linhas do tempo dever-se-iam a carência de ondas avançadas, por não existir a linha do tempo futuro e acausabilidade (sintropia), o vector construtor. Seria sempre necessário existir o desafio da dualidade.

Tanto num caso como noutro, estas hipóteses implicam a existência de uma Consciência, talvez O Inefável gnóstico em Pistis Sophia, o Ayn Soph na Cabala, o Brahman hinduísta, o Uno neo-platónico, a Mente Cósmica teosófica, uma entidade para além do espaço-tempo, talvez a Energia Escura do lambda (Λ) na actual cosmologia.


Bibliografia

Bierman D.J. (1997) e Radin D.I., Anomalous anticipatory response on randomized future conditions. Perceptual and Motr Skills.

C. G. Jung, Sincronicidade, A Dinâmica do Inconsciente, Vol. 8/3, 2018 Editora Vozes, Livro Digital Google Books.

Cramer J. (1986), The Transactional Interpretation of Quantum Mechanics, Review of Modern Physics 1986. 

 King, C. (2003), Chaos, Quantum-transactions and Consciousness, NeuroQuantology 2003.

Spottiswoode P. (2003) e May E., Skin Conductance Prestimulus Response: Analyses, Artifacts and a Pilot Study, Journal of Scientific Exploration, Vol. 17, No. 4. 

Tressoldi P. E. (2005), Martinelli M., Massaccesi S., e Sartori L., Heart Rate Differences between Targets and Nontargets in Intuitive Tasks, Human Physiology, Vol. 31, No. 6, 2005.


O Demónio de Maxwell

  James Clerk Maxwell (1831 – 1879) foi um dos maiores físicos possuidor de uma criatividade inigualável que até hoje a humanidade conheceu....